quarta-feira, 29 de junho de 2011

SEGREDINHOS DO FRIO

contemplo o frio lá fora, em pé, na porta da varanda, com o nariz quase colado no vidro frio. contemplo o silêncio desse frio, o ar gelado, parado feito uma cena num pause. os barulhinhos irrelevantes do relógio, o movimento lento do avião cruzando o céu, o reflexo colorido das velas queimando em ritmos diferentes em cima da mesa, tudo como uma cena congelada pelo frio debochado lá fora rindo de mim. e eu, eu contemplo quieta, como se já fosse madrugada, essas coisas que acontecem sem a gente perceber porque a gente nunca para só para contemplar as coisas direito.

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