quarta-feira, 8 de junho de 2011

BEIJOS INFINITOS

quando ele me beijou pela primeira vez achei que fosse derreter. era um beijo incendiário, guardado para mim há muito tempo, temperado com vontades intuídas e ousadas. achei que com o tempo aquele calor todo iria esmaecer, como acontece com tudo quando o tempo passa. me enganei. com o tempo seus beijos ficavam mais longos, mais saborosos, envolventes e luxuriantes. não sabia se seria sempre assim - se os beijos ficariam sempre melhores, evoluindo ao invés de tornarem-se óbvios e cansados. não importava. a teoria das coisas que esmaecem com o tempo estava derrubada. o tempo havia passado e tudo o que importava é que seus beijos só ficavam infinitamente melhores.

2 comentários:

  1. Lindo,você é uma verdadeira poeta.A expressão beijos infinitos eu uso com o amor da minha vida, mas não sabia que já existia ! :)

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  2. obrigada karla! esse texto foi inspirado num beijo real e me deixa feliz saber que você se identificou com a expressão - eu também não sei se existe, mas define muito bem, não é?

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