segunda-feira, 21 de março de 2011

Te pergunto uma canção

Vencer a vaidade, o medo sem razão – por insegurança, incertezas, dúvidas bobas... – vencer isso tudo parece, mas não é difícil demais. O que há para ser vencido? Saber se há possibilidade de sucesso ou a possibilidade do fracasso? Se for o sucesso então vamos celebrar, viver cada minuto, escrever aquela história em que a gente fica se beliscando para ter certeza de que é real. Mas se for o fracasso... o quê? Decepção, saudade, rejeição, tristeza? Isso não é o pior. Pior é o limbo, derrota para moinhos de vento. É ter mais medo da dúvida do que da resposta. E se você não tivesse medo, o que faria? Ouvi dizer que o mundo vai acabar em 2012. Me deu medo de ser verdade e talvez ser pouco tempo para estar onde queremos, com quem queremos, fazendo o que realmente queremos fazer.

Passei a ligar menos para as coleções, a posse de coisas e pessoas, acumular mais do que me emocionar. Mas os ciclos se alternam como as estações do ano. E você se vê tendo de voltar às coleções, às convenções, às necessidades não só de pagar contas, de estar preparado para imprevistos, oportunidades; mas também às necessidades de produzir, de conviver, de aprender e reaprender. Andar para frente, mesmo que tenha que dar um ou dois passos para trás. Ou para o lado. Ou dançando com leveza conforme a música, porque no fundo tudo isso poderia ser apenas uma canção.

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