sábado, 26 de março de 2011

Lágrimas de nada

A menina chorou, chorou, chorou. A amiga segurava sua mão e não sabia o que dizer. Tinha medo de perguntar. Não sabia o que fazer para ajudar. O dia parecia ter sido perfeito. Estavam desde cedinho juntas, tinham feito mil coisas, falado de mil assuntos... tinham dado risada, tomado limonada, falado de meninos... Então a chorona se acalmou e respondeu, mesmo sem a outra perguntar – “desculpa... sabe o que é? é que às vezes sinto tanta saudade de tanta coisa, assim, tudo tão junto, que não sei... não agüento. às vezes acho que vou transbordar e acabar me afogando em mim mesma...” A outra achou aquilo muito estranho, mas ficou quieta. Às vezes não há nada a dizer.

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