sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A DISTÂNCIA DO TEMPO


É um pouco estranha essa sensação de já ter passado um tempo. Como se o afastamento quase (ou inclusive?) de toda a tensão, todo o excesso, de repente escoasse também os efeitos colaterais. Então por isso é estranho, porque depois de um tempo, a partir de certa distância, tudo passa a ser um detalhe na imensidão. Um mero detalhe, como os picos nevados do Everest, do Cho Oyo e do Kanchenjunga, que você só vê alinhados a partir de um determinado ponto do Himalaia, mas que seria só um horizonte bonito se você não soubesse que são as maiores altitudes do planeta. Subir às alturas, descer às profundidades… como medir o diâmetro de um amor e sua distância diametral necessária para que ele se prove possível e longevo?

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