domingo, 1 de maio de 2011

Faquir

Ele escreveu, sem nenhuma outra alternativa. Transformou aquilo em algo que outros pudessem entender o que ele mesmo já não entendia mais. Traduziu sua dor em palavras, ora suaves como uma nuvem branca, ora pesadas como uma tempestade. Esvaziou o peito com os dedos na máquina de escrever. Cada letra no papel um prego na sua pele fina de garoto. Fome de saber aquilo tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário