quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Amar de leve

Bom mesmo seria poder amar de leve. Sem pressões ou obrigações. Sem esperar do outro a mesma coisa, a mesma dedicação, a mesma adoração ou atenção e cuidados. Bom mesmo seria a gente poder entregar nosso amor numa bandeja ou numa caixinha, como um presente de aniversário. Mas não esperar retorno. Não esperar que o outro lembre-se que também precisamos receber presente de volta, mesmo que seja só de vez em quando. Há gente que não sabe amar. Que se sabota sem querer. Há gente que não sabe ser feliz simplesmente porque não sabe. Gente que diante da possibilidade de ser feliz (ou amado) se apavora. Gente que não sabe compartilhar sempre. Que se esforça para mostrar que se importa, mas de repente mete os pés pelas mãos e complica tudo. Então, bom mesmo seria a gente ter discernimento para saber lidar com essas pessoas - pegá-las pela mão, mostrar a elas que é mais fácil do que parece, abraçá-las devagarinho e esperar o abraço fazer efeito. Mas não se pode forçar o amor do outro. O amor do outro é do outro. E ele nunca vai ser seu só porque você o deseja tanto. Bom mesmo seria a gente ter tudo assim tão claro sempre e não se sentir tão ameaçado ou sensível a esta "falta de amor do outro". Bom mesmo seria a gente amar de leve e isso bastar.

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