sexta-feira, 26 de novembro de 2010

4 minutos

Senti-me como num trampolim. Olhei para baixo como quem olha com medo da água, inofensiva mas longe, de aparência tão lisa que parece dura. Olhei para os lados e a ausência do chão me fez sentir a sobrecarga do meu próprio corpo, como se ele quisesse duvidar da gravidade instável da prancha, tão longa, mas curta diante do meu medo. Demorei 4 minutos para atravessar a passagem e do lado de lá não havia ninguém esperando. Estar só é como saltar da tal prancha. E 4 minutos demoram uma vida inteira.

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