sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Eternidade

Três minutos parecem três séculos de vez em quando. E você, tão perto, parece um deserto, coisa sem fim, não é meu e não sai de mim. Não me abriga nem me abandona. Me torce, me inspira, me traga e me cospe, me ejeta, me maltrata feito faz o mar na ressaca. Me destrata com aquele mesmo desdém, a mesma falta de preocupação que a onda que arrasta faz. Não tem pudores, não tem dores de consciência. Não tem compaixão ou tolerância. Três minutos... ainda estou aqui. E você não está nem aí.

Nenhum comentário:

Postar um comentário