sexta-feira, 9 de abril de 2010

sem pé nem cabeça

Ele estava sem cabeça. E ela estava farta. Foi embora. Deixou para trás o homem perfeito. Um perfeito idiota de deixá-la partir assim, isso sim. Era uma partida estranha, entretanto. Ele continuava nela. Não queria sair. Estava impregnado nela. Ela podia sentir seu cheiro mesmo no perfume de outras peles. O nome dele a perseguia em crianças e citações bíblicas que cruzavam seu destino ateu. Mas então o tempo passou e sua permanência insistente finalmente diluiu dentro dela. E ele, bem, ele continuava sem cabeça.

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