terça-feira, 27 de abril de 2010

GUERRA

Brigo com o sono mas gosto quando ele me derrota, sabota meus reflexos, bagunça meus sentidos. E quando ele me reduz à gata borralheira eu o mando às favas e volto pra casa descalça e à pé. Resisto mas ele persiste e eu me entrego. E quando me entrego é pra valer. Ele sabe o que fazer. Me pega pelos cabelos mas me trata como princesa. Porque sabe: dentro de toda gata borralheira mora também a cinderela.

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