sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Encontros

Outro dia, às 4 da tarde, já sem saber se o dia atropelado de tarefas inevitáveis permitia que eu ainda tivesse fome, entrei num restaurante japonês de um shopping e me sentei junto ao balcão. A comida era fresca, leve e servida em doses homeopáticas - àquela altura, comer em doses era tudo o que eu precisava. E ainda pensando em doses, pedi também um saquê. Ao meu lado, de terno e gravata elegantes, um homem mais velho sorriu e disse que o saquê parecia uma boa pedida. Rimos e começamos a conversar enquanto eu iniciava meu almoço e ele terminava o dele. Em pouco tempo falamos de coisas diversas, desde as triviais, como dias atropelados e refeições fora de hora, até coisas íntimas e amplas, como as cambalhotas que a vida às vezes dá e tira tudo do lugar; essas coisas que acontecem com todo mundo, mas com cada um de um jeito. Ele então pagou a conta, se apresentou e se despediu. Era um homem educado. E talvez eu não devesse me surpreender tanto com encontros assim - essas pessoas existem.

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