quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Escondido do mundo

1, 2, 3... o menino correu enquanto ouvia a contagem e se escondeu no vão entre a janela e o sofá. A barra generosa da cortinha lhe dava a cobertura perfeita. E o lugar inusitado de repente pareceu muito aconchegante. O cansaço da brincadeira somado ao conforto do esconderijo embalaram seu sono. Ouvia o agito da casa ao longe, mas era apenas uma massa de som indecifrável, que não podia sentir nem enxergar porque suas pálpebras estavam pesadas e não atendiam ao comando que ele nem sabia mais se queria enviar para que ficassem abertas. Estava sonhando e quase tinha consciência disso. Estava sonhando ali, entre a janela e o sofá. E nada mais no mundo podia ser melhor do que aquilo.

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