sexta-feira, 16 de julho de 2010

Imaginando finais

Ela entrou atrasada na sala de conferência. Ele viu e pensou:
a) meu deus, que deusa!
b) nossa, que medo!
c) que horas termina essa coisa chata?
Ela percebeu os olhos dele nela e ficou imaginando:
a) hmmmm, será que gostou?
b) que diabos esse cara tanto me olha?
c) ixi, quem é esse? Será que conheço?
Esbarram-se no intervalo. Ele não resistiu e perguntou:
a) você parece tensa. Está tudo certo?
b) desculpe o atrevimento, mas não pude deixar de notar você.
c) oi, será que a gente já não se viu por aí?
Ela, educada, respondeu:
a) me desculpe, mas não posso conversar agora.
b) será que eu te conheço? Olha, acho que eu me lembraria...
c) você é gentil, mas não tô muito a fim de papo... me perdoe a sinceridade!
Depois do intervalo, voltaram para a sala e entre um café e outra para manterem-se acordados, olhavam-se disfarçadamente e com curiosidade.
a) Que cara atrevido, ela pensava.
b) Que mulher estranha, ele pensava.
c) Vou falar com ela de novo, ele confabulava.
Quando o seminário terminou ela, atrasada como sempre, saiu rápido da sala. Ele, distraído como nunca, não notou.
a) Desesperado, ele correu até o estacionamento e a encontrou entrando no carro.
b) Ao notar sua ausência, ele pensou: melhor assim, preciso desligar esse meu radar...
c) Ele andava com a cabeça no mundo da lua, mas as coisas andavam acontecendo mesmo assim. Sentia que iriam se encontrar de novo.
Parada no trânsito, ela não conseguia parar de fantasiar sobre aquele encontro estranho e pensou quase que em voz alta:
a) os melhores encontros são esses mesmos, bem estúpidos e casuais.
b) porque será que essas figuras estranhas sempre cruzam meu caminho?
c) será que eu dei a ele a resposta certa?
Mais tarde, cada um de volta no seu mundo, pensavam um sobre o outro e concluíam que era divertido imaginar o final daquela história improvável.
a) O amor pode estar em qualquer lugar.
b) Mas às vezes, de onde menos se espera é dali que não sai nada mesmo...
c) Mania besta essa da gente querer sempre adivinhar as coisas. Elas só acontecem quando a gente se distrai.

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