quarta-feira, 20 de abril de 2011

Seu pedido

Toda vez que penso que você se foi, vejo-te voltar. Poderias rastejar, implorar, explicar que se enganou, pedir desculpas, dar-me uma rosa. Poderias então confessar que me quer, que precisa, que sente falta, que seus dias não são mais tão divertidos se não sabes de mim. Poderias dizer que todos sentem minha falta, mas que você sente mais. E mesmo que você dissesse tudo isso, e se dissesse muito mais, apenas para confessar tudo o que não disse até hoje, mesmo assim eu bem que poderia não voltar. Mas você não diz nada. Você não pede. E não vou voltar até pedires. Não vou pedir que me queiras. Que queira de novo como quis naquela noite em que a lua estava cheia e estávamos todos loucos pelo dia louco, intenso, divertido que tinha sido. Um dia em que cada minuto teve sua imagem gravada, como em fotogramas. Instantes de infinito inesquecíveis. Se me pedisses, talvez eu voltasse. Não me pedes. Não volto. Mas também não posso ir. Aquele dia ocupou tanto espaço em mim que me perdi na imensidão da lembrança dele.

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