sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sabor de vento

Sou sensível ao vento. Ao mesmo tempo que gosto, me incomodo. O vento me emociona, mas me questiona a resistência também. Há o vento que vem do mar. Há o vento que vem do mato. E há o que vem da velocidade. O vento me é como a pimenta e a saudade – me tempera ou me envenena. Um amante indócil, cujo gosto do beijo, violento ou doce, é sempre surpreendente.

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