sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Talvez

O farol abriu, ela engatou a primeira e foi. Plant se esgoelando no rádio, dazed and confused. Virou à direita depois da praça. O carro ia sozinho, como se nem houvesse esforço dela. O caminho de todos os dias. E ela ia tranquila. Os óculos escuros escorregavam para a ponta do nariz e ela empurrava para cima, de dois em dois minutos. A música misturada com o ritmo lento do trânsito, a falta de atenção pras coisas, o dia lá fora sem nenhum esforço, provocaram nela uma sensação engraçada. Uma coisa entre o sono e a embriaguez. Paz, talvez.

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