quarta-feira, 17 de julho de 2013

Nino

Ouvi sua caneta no papel. Falava de coisas que eu não entendia. Não eram para mim aquelas palavras... mas eu imaginava, como se fossem balões bem fofos, como bolinho-formigueiro, as letras animadas, ganhando corpo, virando parte de uma história da qual eu não era autora, nem personagem, nem nada além de ouvinte da sua caneta no papel. Adormeci assim e só percebi que não foi um sonho quando senti seus pés frios, de quem andou descalço, descansando com os meus.

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