sábado, 24 de setembro de 2011

PARADOXOS


A menina tinha cor de paçoca amor. E quando ela passava por ele, ele sentia seu cheiro. Seu perfume, quase imperceptível, trazia lembranças dos bonsais, que antes ele gostava de cuidar, plantas nascidas para serem pequenas, tratadas com dedicação máxima para serem belas, exercícios de paciência que ele não andava praticando. E ela trazia isso de volta, acordava nele lembranças e sentidos perdidos em sua memória, coisas paradoxais que seriam de difícil entendimento aos outros, como a cor provocante da paçoca amor e o cheiro calmante dos bonsais.

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