As palavras saíam da boca dele como uma cascata,
initerruptas, violentas, incontroláveis, arrastando tudo o que encontrava pela
frente. Ela se sentiu ofendida. Achou que lhe faltava um pouco mais de cuidado,
delicadeza. Pensava na natureza animal que mora em cada homem, tentava
desculpar o que lhe parecia insulto. Mas não tinha o que fazer. As palavras lhe
doíam, como se cada letra espirrasse na sua cara, como a água quando bate na
pedra. Não havia o que fazer. Era preciso esperar a chuva passar.
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