Não suporto
o som das sirenes anunciando aquele perigo que não é meu, que já passou, mas
que na verdade está sempre presente, iminente, possível na próxima curva ou
farol. Não suporto as janelas fechadas, a porta trancada, a guarda alta, imponente,
preparada o tempo todo. Não suporto o medo, a distância, a ausência. E no limite
do que podemos suportar é que mora a curva da mudança.
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