Eu falo,
falo, falo e você não escuta. Eu calo e você se assuta. Eu ataco e você se defende.
Eu me recolho e você se ressente. Eu não entendo e você se explica. Eu não entendo,
mas no fundo, eu sei. Há uma coisa que, feito feitiço, faz a gente duvidar. Faz
a gente querer mais, não se cansar, querer se bezuntar daquela sensação que não
dura mais tempo que uma faísca. Pois me perdoe; se eu te consumo, é porque
queimo.
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