Ela ligava,
ele não atendia, cretino. Horas depois ele ligava; ela, horas depois já tinha
perdido a vontade de falar, não atendia. Mais tarde, mais uma vez, ele
insistia, ela não ouvia, o momento não era bom. Já um pouco tarde demais, ela
via as chamadas, mas era tarde, ele dormia, ela pensava, por isso não ligava. Dias
depois, outras ligações, outras coisas e estações, pensavam ao mesmo tempo sem
saberem: há coisas que o tempo leva.
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