Reflexões diárias sobre o fim do ano, o fim
do mundo, o fim das histórias e o início de outras coisas em histórias ilustradas.
#18 - Beijos infinitos
quando ele me beijou pela primeira vez achei que fosse derreter. era um
beijo incendiário, guardado para mim há muito tempo, temperado com
vontades intuídas e ousadas. achei que com o tempo aquele calor todo
iria esmaecer, como acontece com tudo quando o tempo passa. me enganei.
com o tempo seus beijos ficavam mais longos, mais saborosos, envolventes
e luxuriantes. não sabia se seria sempre assim - se os beijos ficariam
sempre melhores, evoluindo ao invés de tornarem-se óbvios e cansados.
não importava. a teoria das coisas que esmaecem com o tempo estava
derrubada. o tempo havia passado e tudo o que importava é que seus
beijos só ficavam infinitamente melhores.
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