É madrugada. Um poste de luz ilumina a porta amarelada de uma casa. Um gordinho com cara de sono está saindo pela porta. Sua camiseta listrada é menor que seu tamanho e o gordinho parece muito infeliz.
Ele pega uma caixa de frutas e anda até sua pequena caminhonete velha. Coloca a caixa de frutas junto a outras caixas na caçamba, entra na caminhonete que tem latas de cerveja e maços de cigarros vazios espalhados pelo chão, bate a porta da caminhonete, liga o carro, liga o rádio, acende um cigarro e sai dirigindo pela cidade que começa a clarear com o dia chegando.
Em outro lugar da cidade, na penumbra da alvorada vemos um lugar muito quieto, com árvores e estátuas. É um cemitério [Vila Mariana] e vemos os túmulos bonitos ficando visíveis com o amanhecer. De repente uma mão surge da terra, em outro lugar um túmulo tem sua tampa empurrada e um zumbi sai de dentro dele. Outros zumbis saem de seus túmulos e eles começam a marchar juntos.
Descendo uma avenida da Vila Mariana, o gordinho está tentando sintonizar uma rádio que preste, seus olhos estão sonolentos e tristes, ele passa por uma rádio que toca Ray Charles, mas não é o que ele quer ouvir. Enquanto o gordo está tragando o cigarro e mexendo no rádio, os zumbis pulam o muro do cemitério, invadem a rua e atacam o carro do gordinho. Arrancam o cara de dentro do carro pela janela. Enquanto o gordo é puxado pelos cabelos, um zumbi pega o seu cigarro, o outro arranca sua cabeça, sangue por todos os lados, os zumbis invadem o carro, sobem na caçamba, disputam espaço com as caixas de frutas e saem com o carro cantando os pneus.
Um zumbi sintoniza o som e uma música [highway to hell] começa a tocar muito alta. Eles descem desgovernados e rápidos pelas ladeiras da cidade [cemitério da vila mariana para o museu do Ipiranga]. Os zumbis estão bebendo, fumando, falando, a música está alta e eles estão sedentos de alguma coisa que não sabemos o que é. Vemos em seus olhos a sede... sede de quê?
Em alta velocidade pelas ruas ficando iluminadas pelo sol que surge na cidade, os zumbis avistam uma turma de skatistas descendo uma ladeira. É aquilo que eles querem, podemos ver em seus olhos... é aquilo que eles querem... a busca acabou.
Os zumbis invadem a rua, tomam os skates, saem dropando, fazendo manobras e descendo ladeiras. Era de skate que os zumbis sentiam falta. Eles queriam liberdade, queriam velocidade, queriam aquele vento no rosto, nos cabelos, nos pedaços de crânio, ossos e tripas.
As ruas vão ficando cheias de criaturas bizarras enquanto os zumbis skatistas estão matando sua sede. Parece o cenário de um quadro do Bosh. Há até cães e gatos zumbis uivando pela noite que foi embora e o dia que já arde acordando a cidade. A coruja, numa árvore do bosque do museu, pia e arregala ainda mais os olhos de medo. A noite é de skate. A noite é dos zumbis. A noite virou dia e ele tem cheiro de morte.
muito bem colocado...mas com algumas modificações futuras,sem problema
ResponderExcluiro mais dificil sera conseguei uma atris coruja, que trabalhe de graça
obrigado Monaliza
hehe, vamos mudar tudo o que precisar! conheço algumas corujas, posso falar com elas ;o)
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