O tempo é preciso, mas quem o sente assim? Nos organizamos
neste espaço ordinário chamado dia e aceitamos que ele seja dividido em vinte e
quatro horas porque assim faz sentido, funciona. Mas reclamamos porque parece
muito ou pouco tempo para um dia só, um ano só ou todos os que acumulamos. Ainda
assim, ansiamos pelo que ainda não aconteceu, já que todo dia, para alguma
coisa que dá certo, outras tantas não dão – ou vice-versa. E assim, no outro
dia, há outra chance. Todo dia tem uma, há que se prestar atenção quando acontece.
Isso é o que preenche o dia ordinário de algo que pode ser extraordinário.
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