Gostava quando ficava complicado. De ter que respirar rápido porque o coração disparado pressionava o raciocínio lento. Pensava a palavra r-a-c-i-o-c-í-n-i-o de forma tão propositadamente vagarosa, atropelando as letras, tendo que voltar na frase, era um caos. Mas gostava. Era sinal de problema. O sangue circulava. O frio passava. E a preguiça perdia a briga para a isca reluzente da possibilidade.
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