Ouvi sua caneta no papel. Falava de coisas que eu não entendia. Não eram para mim aquelas palavras... mas eu imaginava, como se fossem balões bem fofos, como bolinho-formigueiro, as letras animadas, ganhando corpo, virando parte de uma história da qual eu não era autora, nem personagem, nem nada além de ouvinte da sua caneta no papel. Adormeci assim e só percebi que não foi um sonho quando senti seus pés frios, de quem andou descalço, descansando com os meus.
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