Quando ele entrou, encostou a porta devagar e colocou a chave com cuidado
na fechadura para não fazer barulho na noite quieta. Deu um pulo quando acendeu
a luz e viu que ela estava ali no escuro, com os olhos acesos feito dois faróis.
Ficou sem jeito diante do rosto endurecido dela. Não sabia se devia dizer boa
noite, se lhe dava um beijo, se devia perguntar se havia alguma coisa errada.
Foram segundos de desespero... sentiu-se criança novamente, prestes a levar uma
bronca da mãe. Mas ela não disse nada. Ficou ali olhando para ele como se
estivesse apenas esperando o filme acabar para levantar e ir embora. Não era um
final feliz.
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