Olhou para as paredes assustada, como se seus maus pensamentos fossem declamados como poemas amorais. Olhou para as paredes como se elas pudessem olhar de volta em reprimenda. E depois deu de ombros, como faria não só com paredes, mas também com todo o resto que já não servia mais. Precisava de horizontes, de amplitude, não de paredes, de divisão. De concreto agora só o medo.
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