quarta-feira, 28 de julho de 2010
O ar que respira
Ele ficava mudo diante dela. E ela sempre tinha a impressão de que falava demais. E falava mesmo. Mas ele não se importava. Ela não sabia. Ficava desconfortável. Queria ficar mais perto. Queria ficar colada. Queria ficar sob sua pele, como na canção... Ele não sabia o que ela queria. Ficava desconfortável também. Não com a falta que lhe faziam as palavras, nem com a abundância de palavras dela. Ficava desconfortável porque ela estava ali, muito livre, escancarando sua vida, falando alto e sem prestar atenção no volume. Ele se encantava – via nela uma fada. Mas não se sentia parte da história.
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