terça-feira, 29 de junho de 2010
Ovo mollet
Cismava com as coisas. Com lugares, pessoas, comidas, canções. Quando gostava muito, queria consumir em doses cavalares. Quase um vício. Ouvia algumas músicas e alguns discos à exaustão. Mas agora tinha uma nova paixão: um ovinho grosseiramente empanado, com a gema proibidamente (por lei!) mole, sobre cogumelos luxuriosamente temperados de um jeito que lhe custava esquecer o gosto. E não esquecia. E queria mais. E via, de um jeito que talvez só ela visse, que realmente havia mais.
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