outro dia surpreendi as pessoas usando a palavra "prólogo". não foi intencional, como nunca é - as palavras pulam da minha boca como se estivessem vivas, e eu não consigo segurá-las - e para minha enorme surpresa, algumas pessoas não sabiam seu significado.
as pessoas não lêem Sheakepeare nem Oscar Wilde nem Machado de Assis. as pessoas não sabem quem foi Bukowiski, Dostoievski, Maiakovski.
que mundo pobre e absurdo esse do terceiro milênio.
há uma herança cultural em xeque. guardar as palavras é se eximir da responsabilidade de disseminá-las. por mais arrogante que elas soem.