segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ritmo

perdi o medo da tempestade. agora eu danço conforme a chuva.

o melhor do pior

às vezes me dá um medo muito grande de tudo ser uma grande mentira. e o pior é que não sei se, ao acordar, saberia se isso foi um sonho ou um pesadelo. sorte haver tantos momentos engraçados...

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

SEXTA ESTRANHA


o que posso dizer é que voltei pra casa com a roupa cheia de sangue. era falso. ainda assim fiquei impressionada. meus pés doeram porque tive que correr. mas meus pés sempre doem. e eu vivo correndo mesmo... no fim tudo deu certo. e eu ri quando me dei conta. mas agora, pouco antes de dormir, algo me espetava a coxa esquerda. era um espinho. não sei de onde veio...

você sobre mim

me chama a atenção
me passa um sabão
sabe da minha vida
mais que eu...
e o que adianta
se a vida é minha
e quem tem que viver
sou eu?

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Teoria Surreal


Segundo a Teoria das Cores, a cor não é um fenômeno físico, mas fisiológico, de caráter subjetivo e individual. Percebida através da visão, nossa compreensão da cor, na verdade, vai bem além: depende também da informação que já existe presente no cérebro. Como é composta de luz (simplificando a teoria), a sobreposição de todas as cores resulta no branco, assim como a ausência da luz resulta no preto - por isso o branco reflete a luz e o preto a absorve, de forma que roupas pretas 'esquentam' (porque 'sugam' todas as cores para suprir sua falta) e as brancas 'refrescam' (porque a cor já está preenchida, completa). Ou seja, a presença de cores pode 'aquecer' determinado ambiente, mas isso depende também de quem as enxerga e de como as 'sente' em sua atuação com o ambiente - citando literalmente a Teoria das Cores: "o que vemos não é exatamente 'o que está lá fora', mas corresponde a um MODELO SIMPLIFICADO DA REALIDADE, que é de certeza muito mais útil para a nossa sobrevivência." - Por exemplo, um objeto azul só pode ser percebido desta cor com certeza se houver luz e o olho tiver condições de enxergá-lo e percebê-lo como tal. No escuro ele não tem cor. Agora me digam, não é uma teoria surreal*?

*significado literal de SURREAL:
adj. Que significa espanto, violação de uma verdade impressionável ou que existe no contexto de sonhos, da imaginação.
Relativo a algo contraditório. s.m. O que transcende a realidade.História. Política. Resultado da compreensão de uma realidade a partir dos sonhos ou da ação do inconsciente. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

fuga de palavras

ela levantou os olhos e ele pôde ver o marrom escuro e viscoso da tristeza que morava lá dentro. ficou com medo de que, se ela respirasse mais alto, explodiria como uma bolha. ele nunca tinha visto assim de perto alguém tão frágil e lhe doía não saber como lidar com aquilo. era mais fácil ser um canalha, desviar o olhar, não pensar em nada disso, não dizer palavra - não havia palavra que coubesse ali.

PAIXONITES


a primeira vez q me apaixonei por uma coisa (e não uma pessoa) foi pelo livro. ficava fascinada de ver como meu pai ficava horas com ele. quase q simultâneamente e pelo mesmo motivo, me apaixonei pelo disco (como podia caber tanto ali dentro daquela capa bonita, encartes coloridos e aquela coisa redonda que ficava girando hipnoticamente e tinha música?). tive uma rápida paixonite pelo atari, mas ele era complicado, dava pau, envolvia muito trabalho e paciência - eu sou prática, não gosto de paixões assim - e um dia eu quebrei o atari e meu pai ficou muito bravo... foi chato. não quis mais saber do atari. até que alguém me apresentou o donkey kong. meu deus, eu não ia pra nenhum lugar sem levar isso comigo... não me lembro bem quanto tempo durou. talvez um par de meses só, mas foi muito intenso.

bom, o livro virou melhor amigo, estou sempre com ele e cada vez amo mais, exatamente como ele é. o disco virou aquele amigo q vejo sempre que posso e também vou amar pra sempre, mas confesso q não visito muito porque ele me apresentou o cd, paixão à 1a vista, e foi imediatamente substituído por ele, que também permanece num lugar cativo na minha vida até hoje. já o donkey kong sumiu, nunca mais vi... foi como um amor de verão, desses que você sabe que não terá futuro, mas do qual vai sempre se lembrar com carinho.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Expiar

A dor é a fonte mais desagradavelmente real de todas as inspirações.

Mirada surreal

fitou seus olhos pesados, de uma cor triste que não combinava com o dia. tentou dar vida a eles, mas já eram natureza morta.

Fisgada

Lia para o público mas eu sentia como se fosse apenas para mim. Fisgada no primeiro instante amei suas palavras para sempre.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

LÁBIOS DE LABIRINTO

o que os mantinha juntos é que toda vez que ele voltava, ela lhe recebia com um beijo longo e quente.