quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

HARMONIA DA NOSTALGIA


Somos animais nostálgicos. Acumulamos o tempo em nossa existência, como todos os outros elementos do universo, mas somos mais perecíveis - apesar da superpopulação.

A cada dia tudo muda de maneira eficiente e imperceptível. E essa mudança se aloja em nossa pele, nos cabelos, nos ossos. Penetram pelos poros e complicam veias, órgãos e sentimentos. Transformam suposições em tormentos, dores inesperadas em lamentos, pequenas medidas em alegrias desmedidas, paradoxos brincando alucinadamente numa gangorra. E essa carga de história transforma nossas células, nossas feições, nossas cores, sabores, cheiros, medos, fraquezas, certezas...

Somos então animais transformados, inconformados com a elasticidade estática, estética e histérica do tempo.

Nossa natureza de acumular o tempo assim, o tempo todo, nos deixa presos ao passado, presos ao que já foi, que já passou; ao o que não é mais, ao que já não somos mais. Então as roupas não servem, chove demais ou menos do que devia, tem mais trânsito na cidade e seus olhos ardem de ver e ouvir tudo mudando de maneira tão caótica e desafinada, mas com trechos muito inspirados e harmoniosos. A beleza fotogênica do caos na fração de segundo que passou.

De repente passa-se um ano e a harmonia do caos não é mais fantasia, foto ou sonho. É só nostalgia.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

99 DESEJOS

1. paz
2. amor
3. compreensão
4. união
5. esforço
6. aprendizado
7. exercícios
8. maturidade
9. juventude
10. espiritualidade
11. parceria
12. fé
13. decência
14. criatividade
15. referências
16. repertório
17. interação
18. integração
19. planejamento
20. ócio
21. produtividade
22. honestidade
23. individualidade
24. reflexão
25. meditação
26. saúde
27. família
28. laços
29. amigos
30. amores
31. alegrias
32. crianças
33. animais
34. natureza
35. renovação
36. equilíbrio
37. calma
38. pureza
39. clareza
40. respostas
41. desafios
42. avanços
43. segurança
44. novidade
45. informalidade
46. cuidados
47. carinho
48. perdão
49. doação
50. superação
51. evolução
52. educação
53. ponderação
54. ousadia
55. gratidão
56. humildade
57. coragem
58. delicadeza
59. gentileza
60. paciência
61. consciência
62. autoestima
63. confiança
64. prazer
65. lazer
66. construir
67. crescer
68. ensinar
69. desempenhar
70. pensar
71. sonhar
72. descansar
73. deslanchar
74. checar
75. acatar
76. questionar
77. saber
78. falar
79. enxergar
80. encarar
81. sossegar
82. dançar
83. tocar
84. sentir
85. ir
86. esperar
87. fazer
88. produzir
89. mudar
90. ceder
91. viver
92. diversão
93. diversidade
94. respeito
95. celebração
96. realidade
97. verdade
98. positividade
99. liberdade

sábado, 17 de dezembro de 2011

Dezembro segundo

Segundo soube, houve outro dia um momento. Ouviram os lamentos um do outro e riram-se de novo. Talvez por desespero, talvez por pura falta de fé porque fé era um conceito que já não importava mais, de tão atávico e insólito que lhes era na vida. Riam-se de coisas distintas, mas juntos. Lamentavam a solidão comemorando-a juntos. Esperavam, em vão, aquele segundo de verdade dentro de um dezembro tão precisamente comprido.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sem dizer nada

Seu eu dissesse que estou só
Estaria mentindo
Se eu dissesse que estou triste
Estaria repetindo
Se eu dissesse que estou bem
Estaria rindo
Se eu dissesse que choro
Estaria sentindo
Se eu dissesse que é verdade
Estaria acreditando
E não haveriam perguntas
Haveriam respostas
Impostas
Constantes
Suficientes

Perguntas sem cor

Sou ingênua. Vejo a noite esfarelar, borrada como a lua que ainda cresce. Há risos que eu não escuto, cores que eu não vejo, e meus desejos se arrastam pelo chão do terraço, escuro e frio, um lugar confinado, embora tenha a amplitude só possível na altitude – e, por que não, da atitude? Sou ingênua porque nada disso mais me assusta. Eu repito coisas diariamente como num monólogo com pouca luz e muito drama. E espero respostas diferentes, até haver uma que eu entenda.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dezembro de tempo preciso

O dia, que tem precisamente vinte e quatro horas, ao dividir-se à metade com a noite, divide as horas em doze e os minutos em exatos sessenta segundos. Míseros segundos e suas frações, suas vírgulas, métricas milimétricas, agrupadas em centilitros e outras medidas tão óbvias e incomuns. O ano é impreciso e às vezes tem 365 dias e às vezes, precisamente, é bissexto. Mas o tempo navega com precisão. A vida, não.

domingo, 11 de dezembro de 2011

livres padrões

testes de letras
caracteres
linhas
espaçamentos para formatar
este documento,
que, embora seja apenas um modelo,
poderia também ser um poema.
ainda que bobo e quase infantil,
ao admitir isso poderia também soar piegas, óbvio, ridículo, cheio de adjetivos, superlativos, substantivos…
e tantas outras coisas, que o bom é poder ser livre.
escrever pouco,
muito
muito muito
muito muito muito muito
muito muito muito muito muito muito
muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito
muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito
muito muito muito muito muito muito
muito muito muito muito muito muito
pouco
e isso ser irritante,
um instante de delírio
delírios meus,
seus
se você está aí,
a se importar com o que escrevo,
com o que digo, com o que sinto,
com o que sente ou entende, ou duvida, ou questiona
ou só gosta porque, embora não faça sentido,
faz algum sentido pra mim
e talvez pra você
porque às vezes dá medo tudo ser tão irremediavelmente real,
real demais até para fazer sentido,
e fazer coisas sem sentido não tem sentido.
então tanto faz,
isso ser um poema,
um teste,
uma carta,
apenas um documento modelo,
no qual vou escrever
porque minha máquina de escrever nunca foi minha
porque me desapegar de coisas, lugares, estilos, vícios, virtudes, vontades, ansiedades, sonhos, delírios, sonhos hedonistas e fantasias reais,
sou um pouco de tudo o que me dão,
e devolvo em letrinhas, em palavrinhas,
alguns palavrões,
há dor, há raiva, há incompreensão e inconformidades,
mas há o amor da liberdade
e não há libertação maior que a verdade,
escrita num poema
ou apenas num modelo de formatação.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

31 COISAS QUE APRENDI EM 2011

Gosto de contagens regressivas e também de retrospectivas. Gosto mais ainda de juntar as duas coisas - como se, ao refletir sobre o que fizemos, nos preparássemos melhor para o que está por vir.

Em dezembro de 2009 iniciei uma contagem muito particular, listando a cada dia do mês uma lição aprendida no ano. Pelo Facebook e Twitter muitos amigos começaram a acompanhar a listagem diariamente, comentando e acrescentando suas próprias experiências, o que me fez enxergar uma coisa que não me era tão óbvia: compartilhar nossas vivências e aprendizados é importante. Temos muito o que aprender com aqueles que vivem à nossa volta. E, sem falsa modéstia, temos também muito a ensinar.

Convido os que me acompanham no blog (ou onde quer que seja) que reflitam comigo sobre seus aprendizados de 2011. Espero que minha lista seja inspiradora não por conter certezas, mas justamente para que as reflexões nos ajudem a evoluir.

Comentem, reflitam, inspirem-se e compartilhem seus aprendizados comigo também. Ficarei eternamente grata!

31 coisas que aprendi em 2011:

#1 - Às vezes a gente tem que fazer o que tem vontade. E às vezes a gente tem que fazer o que precisa. Um exercício que dá paz de espírito é tentar fazer as coisas pensando nos benefícios, sem se sentir obrigado à elas.

#2 - Devemos ser fiéis às coisas que nos são importantes. Duvidar delas quando nos faz mal (às vezes acontece) e valorizar os momentos que as provam verdadeiras.

#3 - As perguntas mais improváveis geram as respostas mais surpreendentes. É sempre bom perguntar - desde que você realmente queira saber a resposta.

#4 - A toda hora anunciam o fim do mundo e há quem creia que ele acaba mesmo em 2012. Melhor não se preocupar muito com isso, mas por via das dúvidas, viver plenamente, como se não houvesse amanhã. E estar preparado para caso haja.

#5 - Refletir antes de tomar decisões nunca é demais. Porém precisamos ficar atentos à duas ciladas: a) pensar demais e perder o timing; b) deixar que a dúvida torne-se inação. Camarão que dorme na praia a onda leva!

#6 - Agir com a pureza do coração (conselho do @Dalai Lama) e, com a sabedoria do que já aprendemos, resistir, diariamente, à tentação de perder a esperança, a compostura e a razão.

#7 - A gente precisa se recuperar dos lutos, ter paciência com a própria dor e aprender a sobreviver a ela sem autocomiseração.

#8 - Pare para pensar num momento feliz, naquele que faz seu dia valer a pena. Vale observar - todo dia tem pelo menos um!

#9 - Lembrar que nossa presença nessa terra é única; a vida não tem ensaio*. Se somos autores da própria história, devemos conduzí-la muito atentamente para que ela nos provoque as emoções que queremos sentir.

*um dia, muito antes de ter escrito sobre isso no lindo blog que ele tem, Nicolla Raggio me disse isso, mas acho que só agora entendi. e compartilho, para quem gostou dessa reflexão, o post inspirador no blog dele.

http://www.vivendocomgosto.com.br/2011/11/vida-nao-tem-ensaio.html


#10 - Ter consciência de que não dependemos de sorte*, mas justamente daquilo que podemos controlar. Sorte é a aleatoriedade dos fatos brincando com a transitoriedade da vida - e vive melhor quem sabe extrair o melhor dessa brincadeira.

*sempre penso na sorte e ouvi de Beto Pandiani uma opinião sobre o tema que resumiu minhas crenças e inspirou este post. obrigada Betão!

#11 - Ajudar as pessoas, sobretudo os amigos e gente próxima de você. Além de ser uma atitude altruísta, é um exercício de amor e doação - exercíco esse que nos deixa mais humanos e mais preparados para as dificuldades da vida.

#12 - Observar atentamente o limite que separa meu compromisso com pessoas, obrigações e deveres do meu compromisso com a liberdade de escolha.

#13 - A pressa e a pressão ao nosso redor imprimem uma urgência em nossas escolhas e, sem perceber, fazemos mais o que esperam de nós do que aquilo que gostaríamos mesmo de fazer. Há que se ter atenção - as escolhas importantes estão escondidas em pequenas porções de escolhas banais, que a gente faz sem se dar conta.

#14 - Renovar os laços com velhos amigos e reforçar os laços com os novos - receita de boa companhia sempre!

#15 - Bobagem nossa reclamar do tempo demorando a passar ou passando rápido demais. Embora a vida não seja precisa, o tempo é - e todo dia tem 24 horas.

#16 - Há coisas que são importantes pra mim, coisas que só eu sei. Esperar que as pessoas adivinhem ou suponham sempre o que eu quero ou espero delas é, no mínimo, presunçoso da minha parte.

#17 - Aprendi uma lição muito especial e inesperada este ano no fundo do mar: mergulhar com golfinhos é muito legal! Eles são enormes, rápidos, fazem barulhinhos engraçados e por algum motivo nossos corações disparam com alegria. Mais legal ainda é compartilhar um momento assim com muitos amigos. Valeu InAcqua Escola de Mergulho people!

http://www.youtube.com/watch?v=3q0oSDOFT6E&list=UUzfvvASm6Q1PaLjPmj-KoWw&index=6&feature=plcp

#18 - Não ignorar as coisas que nos acontecem. Os acontecimentos ocasionais mudam rumos, escolhas, vidas. E as mudanças às vezes chegam sem que a gente as encomende.

#19 - Dor e medo são fraquezas que não podemos ignorar quando se manifestam em nós. São fraquezas do corpo e da alma que precisam ser tratadas com atenção e cuidado. Ignorá-las é alimentá-las e deixá-las crescer. E acho que faz parte da nossa evolução alimentar e desenvolver nossas forças, não nossas fraquezas.

#20 - Desistir é a solução mais fácil diante de um problema. Mas como diz a sabedoria popular, só não há solução para a morte, para todo o resto a desistência é uma escolha tão disponível quanto a resistência e a perseverança.

#21 - Este ano conheci o Candombá, planta do cerrado, cuja flor pincela de lilás a paisagem árida e de tons amarelo-marrom da Chapada dos Veadeiros de abril a agosto. Pouca gente que vê a delicadeza das flores pelas trilhas da chapada sabe que a seiva do Candombá é inflamável e entra em combustão, sendo responsável por boa parte dos incêndios no cerrado. Quando eu ouvia sobre as queimadas na região (não são raras), ficava triste, achando que a destruição era irreparável, mas aprendi que lá a natureza é assim: se renova depois de quase se autodestruir. Me lembra a simbologia da fênix, que renasce das cinzas. E, como na natureza, a gente também se propõe a coisas que muitas vezes nos machucam (e parecem irreparáveis), mas que são importantes para que a gente se reinvente. Penso que, ao errar tentando acertar, aprendemos que existem outros caminhos e outras formas de andar, de correr, de esperar, de viver e renovar. Há coisas que parecem absurdas - como flores que pegam fogo! - e só passando por elas vamos entender o seu real significado em nossas vidas.

#22 - Cuidar bem do suado dinheirinho e das conquistas que ele traz. O perdulário tem como castigo não a perda de bens ou a falta de dinheiro, mas a falta de tranquilidade - e isso não tem preço!

#23 - O processo de renovação das ideias passa por dúvidas que antes não existiam. O caminho que leva para o próximo ponto às vezes é tranquilo e bonito. Às vezes é tempestuoso e complicado. O importante é respeitar seu próprio ritmo para percorrer esse caminho, acelerar quando se sente seguro, ir com mais calma quando as ideias ainda estão se desenvolvendo em você, com atenção aos riscos dos dias de tempestade e sem se furtar à suavidade nobre dos dias tranquilos. Esses ajustes de timing interno e externo ensinam que não adianta querer que todos andem na mesma velocidade que você e vice-versa. Há quem prefira as emoções do mar à segurança da terra - e as coisas bem combinadas, somam-se ao invés de se excluírem.

#24 - Ser uma pessoa grata e gentil. Agradecer a todos, em todas as oportunidades. Ser gentil ao pedir, ao entregar, ao fazer, ao dizer, ao reclamar... tudo é possível de ser feito com gentileza, mesmo as coisas mais difíceis. Gratidão e gentileza, na verdade, são as qualidades que nos fazem mais fortes e diferentes - porque no mundo em que vivemos é muito mais fácil cada um agir por si, impor força ou poder para fazer as coisas, mas as coisas conquistadas assim normalmente não tem a mesma sedução, leveza e alegria daquelas conquistadas naturalmente, com dedicação, respeito, gentileza e gratidão.

#25 - Não julgar as pessoas MESMO. É difícil colocar-se no lugar do outro quando sua atitude nos parece hedionda. Há muitas situações que fogem à compreensão se não passamos realmente por elas. As pessoas mais "difíceis" costumam ser as que mais precisam de ajuda. E o ato de ajudar, seja um estranho, um vizinho ou um parente, é algo que deve transcender o natal - porque se a gente não se ajuda, a gente não aprende a evoluir.

# 26 - Aprender e reaprender mais = Ouvir muito + Estar disposto a mudar a opinião ou reafirmá-la quando for o caso (mas não ser resistente por hábito ou impulso) + Expor-se sem medo (medo de quê?) + Experimentar, tentar, testar para ver se dá certo + Não acreditar que todas as fórmulas se aplicam a todas as pessoas ou a todos os momentos.

#27 - Não ter vergonha de ser quem eu sou. Porque a gente acha que isso não tem importância, mas o que as pessoas à nossa volta pensam de nós e sentem por nós, é algo que tem importância, sim. Então, aprender a conviver com o fato de que às vezes você vai desagradar o outro é tão importante quanto se esforçar para ser uma pessoa agradável, desde que isso não modifique quem você realmente é.

#28 - Dar espaço para que as pessoas pensem, reajam e façam, não necessariamente o que você espera, mas o que estão prontas para fazer. Lembrar que quando recebemos do outro o que vem do coração, a sensação é de merecimento e complementaridade, muito melhor do que a sensação de que estão cumprindo "não mais que a obrigação".

#29 - Encarar as coisas de frente e resolver burocracias, situações chatas e difíceis o quanto antes. Confesso ainda estar aprendendo esta lição, mas um grande aprendizado deste ano foi comprovar que o que a gente deixa pra vida resolver por nós, ela resolve, só que o preço é bem mais alto e pagá-lo causa aquela sensação amarga de ser extorquido - e se sentir idiota por isso.

#30 - Fazer balanços sobre o que está bom, o que não está e refletir sobre o que deve ser mudado. Mudar de ideia, de atitude e de gostos pode ser tão bom quanto reafirmar o que não se deseja mudar. O segredo é achar o equilíbrio das coisas e ter paciência com essa busca. Às vezes não enxergamos o óbvio porque não estamos preparados para vê-lo.

#31 - Outro dia meu pai me perguntou o que significa "namastê" e me dei conta de que temos a mesma curiosidade em querer saber o significado das palavras. Namastê é uma saudação usada na Índia para dar olá, bom dia, até logo. Mas o real significado em sânscrito é "a minha essência saúda a sua" ou "o deus que mora em mim saúda o deus que mora em você". Acho muito bonito, seja porque partilhamos a mesma essência, o mesmo deus ou, no mínimo, porque nos saudamos de maneira reverencial. Namastê, meus amigos! Meu maior aprendizado de 2011 foi comprovar que as relações são essenciais para nossa felicidade; somos nós juntos que movemos o mundo como ele é hoje e o moldamos para o que será no futuro. Que nossa essência possa sempre saudar e respeitar a essência das outras pessoas. E que a gente possa continuar em 2012 nossa construção da felicidade para vivê-la hoje e sempre.

Dezembro primeiro

Amanhã é dezembro de um ano passageiro, desses de entressafra. Chove demais, esfria demais, esquenta demais. Há tsunamis e tormentas. Há excessos natalinos, de luzes, de coisas, de gente, de afeto, de um contágio de uma contagem regressiva, esperando que o mundo melhore, já que tudo começa de novo em pouco tempo. Em pouco tempo já é janeiro, mas dezembro ainda começa. Hoje é só mais um dia. O primeiro.
(30.11.2011)